'ACERVO CAIÇARA'
UMA CULTURA QUE RESISTE
CENTRO CULTURAL SÃO SEBASTIÃO TEM ALMA
Centro Cultural São Sebastião tem alma (CCSSTA) é uma entidade sem fins lucrativos fundada em 1989 no município de São Sebastião, litoral norte de São Paulo, que tem como objetivo principal a preservação das culturas litorâneas, com foco na cultura caiçara. Para isso, iniciou suas atividades com um processo de revalorização e preservação da cultura tradicional, numa época em que as atividades inerentes a ela estavam impactadas pela especulação imobiliária, turismo massivo, pesca predatória e pretensas “ações ambientais” que legitimavam a expulsão do caiçara de seus espaços de vida e trabalho.
O CCSSTA implantou fóruns de debates e grupos de trabalho para fomentar as discussões a respeito dos problemas que atingem as comunidades litorâneas e buscar caminhos conjuntos para soluções, especialmente nas áreas de pesca, agricultura e extrativismo, e em 1990 foi realizado o I CONGRESSO CAIÇARA.
Seguiram-se outros fóruns (Encontro das Ilhas, Pequeno Encontro do Povos do Mar, Encontros Nacionais dos Povos do Mar e Encontros Internacionais dos Povos do Mar),
através dos quais o CCSTA criou uma rede de comunicação da qual participam ongs, institutos de pesquisa, órgãos governamentais e instituições internacionais, para
otimização de ações e fortalecimento das comunidades pesqueiras, ribeirinhas, indígenas e
quilombolas.
ACERVO CAIÇARA, UMA CULTURA QUE RESISTE
Com o apoio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo através da Lei Paulo Gustavo, parte importante do acervo audiovisual do CCSSTA produzido desde 1989, foi recuperado e digitalizado.
O Acervo Caiçara está disponível gratuitamente neste site através do link e na plataforma streaming da taoplay.com.br.
Ainda, os vídeos das séries Povos do Mar e A Mulher e o Mar foram doados para espaços de educação, cultura e meio ambiente das cidades do litoral paulista, São Sebastião, Ubatuba, Caraguatatuba, Ilhabela, Bertioga, Guarujá, Santos, Cubatão, São Vicente, Praia Grande, Mongaguá, Peruíbe, Ilha Comprida, Itanhaém e Iguape.
Entre os meses de outubro e dezembro de 2024, foram realizadas mostras presenciais com acessibilidade nas cidades de Bertioga, São Sebastião, Ubatuba, Caraguatatuba e Ilhabela.
Foi oferecida a oficina (em modo híbrido) com o tema: “Audiovisual e resgate cultural: ferramentas para o protagonismo de comunidades”.